sexta-feira, 17 de maio de 2013

FALA SÉRIO!

            A mesma sociedade que lota auditórios, salas de cinema, estádios, comparece a shows e enlouquece ao som de guitarras.
O mesmo povo que aplaude artistas da música, do teatro e da televisão.
Os mesmos fãs que compram milhões de CDs e DVDs, muitas vezes são os mesmos que ficam admirados quando os jornais informam sobre a legalização da união entre pessoas do mesmo sexo.
Quando Daniela Mercury anunciou sua união com outra mulher, muitas pessoas se mostraram surpresas como se não soubessem que no mundo artístico, muitos galãs e mocinhas de novelas também comungam da mesma opção que Daniela.
Na MPB,  encontramos muitos grandes nomes, com a mesma opção e nenhum deles deixou de ser melhor em sua arte por ter uma opção afetiva dentro de  outro padrão.
Importante lembrar que na sociedade sempre existiram as mais diversas formas de expressões afetivas. Fingimos não perceber,  disfarçamos o olhar, desconversamos quando “A” ou “AS” pessoas são nossos amigos, filhos, netos, tios, irmãos, pais, sobrinhos ou estão próximas a nós fazendo parte do nosso convívio.
Quando são nossos ídolos do cinema, teatro, televisão, música, esporte ou de outra área que admiramos, não conversamos sobre o fato. Nosso ídolo, nosso astro, nossa estrela aqueles de quem somos fãs, são inatingíveis.
Rock Hudson, um dos maiores galãs americanos, foi obrigado por contrato a casar, para que a sua imagem não fosse abalada junto às suas fãs. A mesma sorte não teve Lizabeth Scott, que foi colocada no ostracismo por declarar sua opção afetiva. Eles viveram um momento da história, que mesmo os famosos corriam riscos se fossem “descobertos” em suas opções afetivas.
Freddie Mercury, Martinália, Rick Martin, Ana Carolina, Nei Matogrosso, Claudia Jimenez, Jodie Foster, George Michael, Adriana Calcanhoto, Lindsay Lohan,  Maria Gadú, Jason Collins  entre outros famosos declararam suas opções afetiva e nem por isso deixaram de ser amadas e idolatradas por todo o mundo. São pessoas que através da arte, nos levam alegria, felicidade e amor.
Estamos vivendo novos tempos!
No mundo da literatura, Oscar Wilde, Marcel Proust, André Gide e Alice Walker se destacaram pelas suas inesquecíveis obras e assumiram publicamente suas opções afetivas sexuais. Foram incríveis na arte literária e respeitados em todo mundo, eles e muitos outros em todo o planeta.
Se formos desfiar outros novelos de histórias, vamos encontrar inúmeras pessoas das mais variadas classes sociais, como:  políticos, empresários e até religiosos, que sublimam suas características, mas não a perdem.
É hora de acabar a hipocrisia e estabelecermos uma convivência pacífica com o que existe naturalmente no mundo. É constrangedor, vermos alguns apresentadores de programas populares de televisão tomando atitudes machistas, brincando com assunto sério, fingindo desconhecer que  em suas emissoras existem vários companheiros e companheiras aplaudidos pelo público que vivem suas opções afetivas aparentemente, guardadas em armários.
Thammy Miranda nos encanta com seu trabalho e sua sinceridade. Atriz estreante, nada fica devendo às outras colegas por sua opção afetiva sexual.
Tudo é uma questão de respeito. Católicos, evangélicos, espíritas, budistas ou seguidor de qualquer outra crença precisa aprender a convivência respeitosa. Brancos, negros, índios, ricos, pobres, empresários, operários, estudantes, doutores ou qualquer outro ou outra expressão humana tem que aprender a amar seu semelhante.
É hora de se colocar em prática – “ame o teu próximo como a ti mesmo”.
Chega de fingir. A sociedade é construída  na diversidade.
Somos geneticamente diferentes, não existem dois seres humanos iguais.
O importante é sermos, éticos e respeitarmos uns aos outros.
Gentileza gera gentileza!
Fala sério!
Edison Borba
 

 

 

Um comentário:

  1. Professor adorei, era exatamente essa inspiração que estava procurando para publicar sobre isso no meu Blog.... amo demais os seus textos , bjus e fica com Deus

    ResponderExcluir