quarta-feira, 15 de maio de 2013

MULHERES PRISIONEIRAS

            As casas de detenção estão repletas de mulheres que, por cometerem algum tipo de ato considerado ilegal, e após passarem por um julgamento, foram encaminhadas para prisões. Essas sabem o motivo e o tempo que deverão cumprir, como pena por suas atitudes. Para elas existe a possibilidade de retomar a vida e tentar novamente.
Na Áustria e nos Estados Unidos, dois escândalos abalaram os noticiários. Mulheres prisioneiras de homens enlouquecidos.
Um pai manteve filha refém durante 24 anos, torturando, abusando física, moral e psicologicamente. Um louco, que chocou não apenas os austríacos, mas todo o mundo.
Em Cleveland, EUA, outro monstro, sequestrou e manteve em cárcere três mulheres. No tempo de cativeiro, elas foram abusadas, maltratadas e violentadas.
Essas mulheres, diferentemente das que estão detidas pelo sistema prisional, não sabiam o motivo do sequestro e nem o tempo que ficariam em cativeiro. E a cada dia, eram torturadas e a desconhecer o que aconteceria no amanhecer seguinte.
Esse tipo de crime é mais comum do que imaginamos. Muitas mulheres são mantidas em cativeiro, em diversos países dos cinco continentes. Vítimas de psicopatas que agem sem que as leis possam alcançá-los. São obrigadas ao silêncio e a suportarem castigos impostos por homens enlouquecidos que vivem sob a clandestinidade de um mundo ainda machista.
Muitas dessas mulheres, não estão trancadas em cativeiros, elas podem circular pelas ruas e ir às compras. Muitas são vistas caminhando pela cidade ou em filas de ônibus. Porém, existe alguém a quem devem obedecer. Geralmente são companheiros, maridos, amantes ou namorados que controlam suas vidas. Obrigadas a informar sobre tudo o que acontece em suas vidas, essas mulheres também são prisioneiras.
Existe um cativeiro psicológico, que aprisiona suas almas. Mulheres sem vontade própria. Não é permitido a elas o direito de escolhas, de sorrir e de serem felizes. Muitas, após longos períodos de obediência, conseguem romper correntes e buscar ajuda outras envelhecem sob o domínio do mal.
A Lei Maria da Penha tem sido um caminho para essas criaturas aprisionadas e aterrorizadas, porém como em nosso país as leis são fragilizadas pelas penas, aplicadas aos réus, nem sempre tentar romper com o cativeiro, funciona como a solução perfeita. Muitas mulheres, são perseguidas, ameaçadas e  assassinadas  pelos companheiros, mesmo com boletins de queixas e ordens de afastamento.

Diante de tantos casos de mulheres prisioneiras, algumas reflexões devem ser feitas:

>Educação,  profissionalização, cultura, auto conhecimento, informações são alguns caminhos que o grupo  feminino deve buscar;

>Leis mais rígidas e cumpridas em relação aos que cometem crimes contra a saúde física, psíquica e social da mulher devem ser aplicadas.

                Esses dois caminhos além de muitos outros, devem estar sempre nas mesas de debates, para que os crimes contra a mulher possam deixar de acontecer em nossa sociedade.

            Na era da informática, em que a cada dia surge um novo artifício tecnológico é inadmissível continuarmos a conviver com homens das cavernas.

Edison Borba

 

 

 

 

 

 

 

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