sexta-feira, 24 de maio de 2013

NOVAS (antigas) NOVELAS

            Duas novas novelas iniciaram suas trajetórias. Dessa vez, os horários permitem aos “noveleiros” assistir as duas, com pequenas perdas de cenas, que não atrapalham o entendimento das tramas.
Acompanhando o relógio, podemos começar assistindo AMOR À VIDA e a seguir DONA XEPA.
A primeira, apesar de ter um título novo, podemos perceber nitidamente traços de dramas antigos. Troca de bebês, mães morrendo no parto e núcleos ricos e pobres. Apesar do autor,  incluir  situações novas, percebe-se coincidências em dramas já exibidos pelo mesmo canal.
A novela concorrente, já foi exibida em teatro e também na televisão. Uma história conhecida do público, mas que sempre emociona.
Os dois folhetins, estão apoiados em dramas familiares. Irmãos que não se entendem e pais que sofrem com a ingratidão dos filhos.  Traições, amor, desamor, inveja e todas as reações típicas dos seres humanos.
No meio da multidão de atores, atrizes, técnicos, maquiadores, figurinistas, iluminadores, câmeras, produtores, diretores além de outros profissionais que se envolvem na produção de uma telenovela, dois profissionais, se destacaram nesses primeiros capítulos.
Um (a)  com uma vasta experiência em cinema, teatro e televisão. O outro, com pouco tempo de trabalho nas telinhas. Porém, os dois marcaram presença nas primeiras cenas.
Ângela Leal, vivendo a Dona Xepa e Mateus Solano, no papel de Félix. Destacar a participação de Ângela é sempre muito prazeroso. Uma grande atriz, que nem sempre tem oportunidade de mostrar a sua versatilidade. Está muito bem, como a feirante, que em 1977, foi vivida  pela saudosa Yara Cortes.
Mateus Solano, que já obteve destaque vivendo os gêmeos em outra novela, está simplesmente encantador. Um malvado gay, não assumido, invejoso, astucioso   capaz de nos “irritar” com suas observações maléficas.
Duas gerações de atores. Dois nomes da teledramaturgia.
Novela é assim, um mundo de trabalhadores da arte de representar, mas apenas alguns se destacam na complicada profissão de ator e atriz. Nesta atividade, as emoções são em capítulos, portanto é preciso aprender contê-la  para retomá-la na próxima cena. É preciso saber conviver com as diversas retomadas de gravação, sem perder o processo interpretativo.
Novelas são feitas  de retalhos. Poucos sobrevivem dignamente às tramas. Alguns, mesmo quando protagonistas, nunca passam de coadjuvantes.
Edison Borba
 

 

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