segunda-feira, 27 de maio de 2013

UM JANTAR, NÃO PERFEITO.

            Domingo à noite, um casal sai para passear. Os dois, apesar de casados, ainda procuram manter o clima de namoro. Um jantar a dois é recomendável para boas recordações e não deixar o amor esfriar.
Casamento é como uma plantinha precisa ser cultivado, para  manter viva  a alegria e até dar  frutos. Usando  suas melhores roupas o casal apaixonado, saiu para uma noite que provavelmente seria regada a bons vinhos.
Para fazer a noite mais amena e agradável, convidaram outro casal, para juntos curtirem aquela  o jantar.
Numa democracia, subtende-se que todo cidadão é livre para falar  e expressar  as suas ideias. É um regime que não impede, ninguém, de exercer  direitos, inclusive os de cobrar das autoridades, aquilo que lhes é devido.
Essa característica democrática, permite  que durante um jantar entre casais, assuntos sobre os destinos de uma cidade, estado ou país possa ser discutido. Existem grupos familiares que mesmo possuindo opções contrárias, permanecem juntos e o amor entre eles não diminui. É como torcer, para times diferentes de futebol.
Lamentavelmente, existem pessoas que não sabem muito bem escolher a hora e o lugar convenientes para exercer seus direitos democráticos.
E foi por causa desse desconhecimento, que a noite do casal e amigos que deveria ser perfeita, foi coroada por dissabores, brigas e desavenças.
Para completar a história, um terceiro casal entra em cena, e como publicaram alguns jornais, não souberam que era domingo, estavam num restaurante e que todos queriam,  relaxar e buscar um pouco de paz.
Como um dos casais ocupa um lugar de prestígio na sociedade, isto é, o marido é um dos que coordena a vida da cidade,  logicamente, nem sempre é bem aceito. Mas era domingo, era noite, era momento de relaxar. Todos estavam num restaurante, não havia palanque e nem discursos inflamados.
Mas, a presença de um marido autoridade, provocou num outro marido, uma enorme vontade de fazer valer seus direitos de cidadão que vota.
Esquecendo a presença de mulheres e o local, partiu para insultos, como se agindo dessa forma estivesse prestando algum tipo de serviço à sociedade.
Para tumultuar mais o encontro de casais, o que representa autoridade municipal, não satisfeito com os insultos e até para  fazer valer seu papel de  marido, devolveu os insultos com agressão física.
E foi assim que a refeição ficou indigesta. Todos foram completar a digestão numa delegacia.
Pode não ter sido bem assim que o fato aconteceu, mas foi dessa forma que os jornais apresentaram a notícia. O fato virou manchete, pois o ocorrido envolveu a figura do prefeito da cidade do Rio de Janeiro.
Quem tem razão? Quem bateu quem apanhou? Quem insultou?
Que lição, podemos tirar desse incidente?
Será que houve vontade de sair na mídia, tornar-se famoso, ter o nome nos jornais e a partir do fato, tirar proveito, pelos quinze minutos de fama?
Será que agredir uma autoridade, seja com palavras ou atos, numa noite de domingo, num restaurante, é bom para o processo democrático?
Será que uma autoridade,  tem que manter-se rijo e não devolver os insultos, para não desmoralizar-se diante de seu povo?
Quem quebrou os preceitos de cidadania?
Ficam as perguntas. Que bocas de comadres comentem o assunto. Que possamos analisar e discutir democraticamente o triste incidente.
Como conviver pacifica e democraticamente, fazendo valer nossas opiniões e posições sociais?
Pensemos, por favor, pensemos ...
Edison Borba

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