terça-feira, 29 de setembro de 2015

A MALDIÇÃO DAS PREFEITURAS

Infelizmente no Brasil ser Prefeito é sucumbir as tentações demoníacas e mergulhar num mar de lama da corrupção. Sem generalizar, mas trabalhando com índices divulgados pela mídia, o número  de prefeitos ladrões é assustador.
A Presidente Dilma, em seu discurso na ONU, afirma que o Brasil democrático não admite a corrupção. Em atitude séria, a Senhora Dilma repudiou todo e qualquer ato ilegal. Porém, na vida real esse discurso não se faz verdadeiro.
Na Pátria Educadora, existe uma tradição de que roubar é lícito. A graduação se faz nas prefeituras, depois a pós graduação acontece nas câmaras de deputados, e desta forma o aprendiz das técnicas de corrupção segue seu caminho,  podendo ir além do senado. Obviamente, nem todos os alunos chegam a aprender as regras do jogo sujo. Existem àqueles que sem mantém honestos e por isso sofrem  bulliing de seus companheiros parlamentares.
A prefeita da cidade de Bom Jardim, no estado do Maranhão, aprendeu bem a lição. Considerada a Prefeita Ostentação, Lidiane, roubou, saqueou e desviou até o dinheiro de merenda escolar. Essa prefeita maldita, loura e bela, engordou degustando a carne e o sangue das crianças do   município para o qual foi eleita para gerir. Presa, a jovem prefeita (ladra) chegou à Delegacia acompanhada de diversos advogados, alguns importados de Brasília.
Não fosse o trabalho da imprensa esta ratazana continuaria a roer até os ossos das crianças maranhenses, os brasileirinhos de Bom Jardim. É provável que a Senhora Lidiane, escape da justiça brasileira e continue a sua carreira política, quem sabe um dia ocupando outros cargos políticos de maior relevância do que o de prefeita.
E assim, vamos caminhando em passos de formiga, em direção ao sol que ilumina esta pátria que continua a dormir em berço esplêndido.
Edison Borba

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

COLÉGIO MÉIER - DE VOLTA AO PASSADO!

Março de 1970, um jovem professor, alunos e alunas, um Colégio – COLÉGIO MÉIER.
Começava nesta data uma linda história de amor. O jovem mestre, inexperiente mas com muita vontade de aprender a ensinar, encontrou jovens com muita vontade de aprender e apreender. O casamento foi perfeito. O professor e seus alunos cresceram juntos. E foram muitas aulas, perguntas, passeios, excursões, provas, visitas, laboratório, experiências, química, biologia, física, risadas e principalmente a alegria de estar juntos.
 

O tempo passando e a amizade se fortalecendo. Já não mais professor e alunos, eram amigos.
Porém, chegou o dia da partida e como pássaros que aprendem a voar, os meninos e meninas, saíram pelo mundo em busca de seus sonhos. E eram muitos os sonhos!
O jovem professor, também partiu, seguindo sua vida, na busca da realização de novos sonhos.
 Alunos e professor, tinham aprendido muito mais do que os conteúdos analisados na sala de aula e estudado nos livros. Eles aprenderam, sobre amizade, companheirismo, solidariedade e amor.
Um amor que respeita a natureza e tudo que nela existe!
Anos, muitos anos, matematicamente quarenta e cinco anos, após a despedida, eis que o jovem, agora “velho” professor, volta a encontrar alguns alunos da turma iniciada em 1970.
Foi num sábado de sol, 26 de setembro de 2015! Abraços, sorrisos, histórias e emoção. Amizade revigorada e felicidade!
Os olhos do velho mestre, tentava encontrar no rosto daqueles adultos, a juventude e a alegria dos anos vividos no Colégio Méier. Não é possível descrever a emoção. Impossível materializar no papel, através de palavras o que aconteceu no coração do mestre.
Diante dele, cidadãos que ele de alguma forma ajudou a formar. Quanta responsabilidade estar diante da sua obra e sentir a sua presença na vida de cada um.
O velho mestre, sentiu-se revigorado e diante de seus alunos, voltou a contar histórias, rir, abraçar e sentir o quanto a força Divina, estava presente naquele encontro.
À caminho de casa, o professor do Colégio Méier, agradeceu à Deus pelas bênçãos recebidas e pela oportunidade que teve e ainda tem de continuar nas salas de aula, ensinando e aprendendo, e que ainda há muitos sonhos a serem realizados.
Obrigado a todos que transformaram o sábado, 26 de setembro, num dia cheio de magia!
Abraços Edison Borba –  o jovem (velho) professor.

A ARTE DE ENSINAR e o PRAZER DE APRENDER

         O ato de aprender é intuitivo e genético nos seres humanos. A princípio, é preciso aprender para sobreviver. O instinto de preservação nos transforma em aprendiz. Uma força interna nos impulsiona para as primeiras atitudes que irão garantir a nossa existência. Para cada nova aprendizagem, as recompensas surgem e com elas o prazer, que nos estimula a buscar cada vez mais e mais e a lutar pela manutenção da vida.
Quando chegamos ao período escolar, somos “obrigados” pelas Leis, à nos submetermos ao ensino formal. Esse momento é de vital importância para que continuemos a sentir o prazer do aprender. Apesar das regras impostas por esse tipo de aprendizagem, é necessário que haja prazer em recebê-lo. O conhecimento, imposto pela estrutura formal da pedagogia escolar, não pode deixar de estimular a vontade de aprender, mantendo a fome do saber, sempre acesa, sendo saciada gradativamente, e nos proporcionando prazer. À medida que a educação formal nos alimenta ela precisa nos provocar mais fome, de tal forma que a busca pela saciedade não se faz apenas nas salas de aula. É necessário que os aprendizes busquem saberes em museus, teatros, livros e cinemas. O conhecimento passa a ser conseguido em qualquer espaço, e se torne uma necessidade constante e insaciável.
Quanto mais aprendemos, mais vontade temos de aprender e apreender o novo e transformá-lo em mais vontade, a tal ponto que precisamos dividir esse saber. Ler, escrever, contar e cantar, dividindo o que foi aprendido é a forma de alimentar outros seres e mantermos a nossa história viva.
Todo esse ciclo é provido pelos mestres e suas formas de trabalhar o processo de ensino e aprendizagem.  As atividades escolares devem ser lúdicas, e estimular os alunos a mergulhar pelo mundo de aventuras, pelo mundo do conhecimento. As metodologias precisam ser desafiadoras levando os alunos a descobrir que o aprender é desafiador e vai além dos muros escolares.
 Os múltiplos universos, que se entrelaçam nas classes, transformam a arte de ensinar num jogo de satisfação, onde o educando nunca se cansa de beber das fontes culturais num movimento constante de prazer, onde o ato de ensinar e o de aprender se mesclam numa roda viva que transcende ideologias para dar lugar apenas a arte de ensinar e o prazer de aprender.
Edison Borba

sábado, 26 de setembro de 2015

BODAS DE OURO

O que faz um casal ficar, viver, morar, sofrer, esperar, acreditar, trabalhar e compartilhar suas vidas por cinquenta anos seguidos, sem intervalo para comercial?
Uma resposta é sem dúvida, única: amor.
AMOR, com letra maiúscula.
Amor verdadeiro.
Amor sem restrições, apelos, chantagens e cobranças. Amor, simplesmente amor.
E foi assim que a história de Odete e Laerte aconteceu. Juntos por cinquenta anos ele e ela compartilharam suas histórias, juntando-as em uma só - a história deles.
Como em todas as "histórias" aconteceram lutas e dificuldades, mas os dois sempre juntos unidos pelo grande amor universal souberam superar cada problema, transpor cada muralha seguindo lado a lado sempre de mãos dadas, olhando na mesma direção.
Conflitos? Sim, aconteceram. Mas, o que Deus uniu é muito difícil de ser separado.
Odete e Laerte foram abençoados até na semelhança de seus nomes, na escolha da profissão e por desígnio divino, são fisicamente semelhantes.
Sempre juntos, numa cumplicidade única, este casal é um lindo exemplo de que existem almas gêmeas e quando elas se encontram uma aura de divino amor se estabelece e as duas se fundem numa só.


Parabéns aos meus amigos Odete e Laerte!

Que Deus continue a iluminá-los e guiá-los por toda a eternidade!

Abraços fraternos de Edison. 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

GERAÇÕES

Um avô - um neto
Dois homens
O idoso e o jovem
Mundos diferentes
Conversas iguais
Entre desiguais
Experiência e juventude
Relacionamento fortalecido
Troca de informações
Ideias divergentes
Ideais semelhantes
Realidades e realizações
Esperanças
Um encontro de gerações
Histórias vividas
Histórias sonhadas
Sonhos realizados
Sonhos a realizar
O antigo e o novo
Ambos querem buscar
Novos caminhos a trilhar
Grandes amigos
Ainda terão muito chão pra caminhar
Muitos sonhos a realizar
Um avô - um neto
Gerações que geram ações!

Para Daniel Guimarães - meu sobrinho neto e amigo!

Poesia do meu livro POEIRA
Publicado pela Oficina de Editores - setembro / 2015

Edison Borba

PARABÉNS - PÁTRIA EDUCADORA!

As escolas da rede pública do Rio de Janeiro estão de parabéns com o enriquecimento da grade curricular e reforma na estrutura de seus prédios. As Unidades de Ensino, serão readaptadas, conforme a necessidade de cada comunidade.
Paredes reforçadas com tijolos dobrados e janelas blindadas serão instaladas. Haverá também saídas de emergência e abrigos com capacidade de até 50 alunos e professores, para os dias de enfrentamento entre as quadrilhas de traficantes e a polícia.
Sirenes conectadas com as delegacias de polícia, serão colocadas em todas as salas, como também botões que poderão fechar todas as portas para evitar invasões.
Vários professores já estão inscritos nos cursos de capacitação, que terão aulas práticas e teóricas de reconhecimento de armamentos, como saber se o projetil é de um revólver ou de um fuzil. Uso correto de colete à prova de balas, como se defender de balas perdidas, sobrevivência durante tiroteios. Haverá treinamento para tirar os alunos de uma classe em alguns segundos em caso de invasão da escola.
Outra grande e fantástica mudança será na estrutura pedagógica, na organização do calendário escolar. Além das Equipes Pedagógicas, Gestores, Professores, representantes das comunidades, também serão convidados os Senhores Chefes do Tráfico, para que  todos juntos, possam organizar os 200 dias letivos. Haverá uma reunião à parte com os policiais das UPPS, para refletir sobre
a reposição de aulas perdidas, caso haja necessidade.
Uma grande euforia já tomou conta dos Gestores, Professores, alunos  das Comunidades, que estão percebendo o empenho dos nossos governantes para cada vez mais, o Brasil fazer por merecer o título de PÁTRIA EDUCADORA.
Importante lembrar que todas as Unidades de Ensino receberão material gratuitamente. Toda os componentes de cada escola, incluindo o pessoal da merenda, inspetores e grupo da limpeza ganharão coletes da prova de bala, capacete, cantil, rádio de comunicação e roupas para camuflagem.
Essa excelente inovação, sem dúvida, irá contribuir muito para a real aprendizagem de nossas crianças e jovens.
 



Brasil, um País do futuro - Pátria Educadora!


Edison Borba
 
 
 

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A FAZENDONA

Para disputar audiência com uma emissora de Televisão, a TV Planalto, lançará na próxima semana
A FAZENDONA. Será um reality show comandado pela grande apresentadora de programas Dilma.
À princípio o programa seria realizado na Casa da Dinda, mas por motivos que envolve audiência e
maledicências, os realizadores do grandioso show, o transferiram para a Granja do Torto.
Entre os diversos participantes, encontram-se senadores, deputados, governadores, prefeitos, vereadores e até empresários. Para sexualizar a festa, algumas secretárias foram incluídas na lista dos participantes.
Durante a realização da Fazendona, haverá diversos jogos, disputas e ginkanas. Entre uma das atrações mais esperadas será que rouba mais. Milhares de dólares, euros e reais serão espalhados por toda a granja e vencerá quem somar a maior quantia roubada. As moedas, valerão na cotação do dia
conforme a Bolsa de Valores. Logo, á grande disputa deverá ser pelo dólar.
Outra atração da Fazendona, será "Fugindo do Lava Jato". a brincadeira será realizada na arena
próxima ao curral dos bovinos. Haverá uma mangueira, que jogará água naqueles que estiverem
escondendo material alheio. Vencerá o que conseguir se desviar do jato de água e permanecer
com o bolso ou a bolsa cheio de dinheiro.
Uma preocupações dos organizadores do show, é com a formação de quadrilhas que com certeza
acontecerá durante o período do programa. Por este motivo, os participantes passarão por um
detector de metais, para que as disputas sejam "limpas", o que vai ser difícil de acontecer.
Os celulares foram recolhidos para evitar contatos com a corupção externa. Porém, a corrupção
interna está liberada.
O programa A FAZENDONA, foi idealizado para preencher o tempo que o Brasil está perdendo.
Há meses que o país está parado assisitindo a um joguinho de intereresses, que está acontecendo
em Brasília, portanto o reality será uma forma de distrair o povão.
Importante, durante a temporada deste  show, substituindo Dona Dilma, que estará ocupada em apresentar o reallity, um apresentador famoso, que já comandou outras Fazendonas, já confirmou presença, trata-se do famoso, garboso e rico fazendeiro Senhor Lula.
Edison Borba

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

novamente (ARRASTÃO) novamente

Rio de Janeiro, 20 de setembro de 2015.
Novamente - novamente num domingo (ainda no inverno), dia 20 de setembro, arrastões (desta vez no plural) voltaram a assustar a população da Cidade Maravilhosa.
Gente chorando, gritando, correndo. Policiais atônitos, perdidos no meio da confusão. E a cidade sendo coberta por um manto da vergonha diante dos olhos do mundo.
Enquanto os problemas sociais não forem tratados como prioridade, os arrastões continuarão a acontecer, e cada vez mais violento. Desta vez, o que se viu no Rio de Janeiro, foram arrastões acontecendo fora da orla, longe das praias.
Com a chegada oficial do verão, é possível que voltemos a escrever sobre este tema, que eu particularmente, escrevi sobre ele em 2011, portanto os anos se passaram e o problema só se agravou.




Rio de Janeiro, 23 de setembro de 2013, os telejornais da manhã, noticiaram:
“Menores foram apreendidos após realizarem um arrastão na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. O grupo atacou banhistas e roubou carteiras e outros objetos pessoais. Como as vítimas, entre elas turistas estrangeiros, não foram até a delegacia, os menores foram liberados”.
Em julho de 2011, escrevi a crônica, DOMINGO, publicada no livro “Complexo de Viúva”. Leiam e tirem as suas próprias conclusões, após dois anos.                                                  
                        DOMINGO – julho de 2011 (Rio de Janeiro)

 

“Sol brilhando, brisa suave, mar azul, água morna e céu de brigadeiro.

É domingo! Um lindo dia de verão.

Carioca não gosta de dias nublados, reza para não cho­ver e ama fins de semana na praia. Depois do trabalho, o lu­gar mais democrático do mundo é a areia. Olhar as ondas num vai-e-vem ritmado é terapia que relaxa, inebria e acal­ma ajudando a manter o equilíbrio, restabelecendo as forças para continuar na lida.

Na imensidão do areal não há distinção de raça, cor, religião, profissão ou qualquer outra condição capaz de se transformar em preconceito.

Alguns vieram de carro, outros de bicicleta, ônibus ou metrô. Na areia se misturam sob as coloridas barracas. Corpos magros, gordos, barrigas de tanquinho ou de chopinho, celulites e silicones democraticamente buscam o melhor bronzeado.

Ambulantes alardeiam seus produtos: pastéis, biscoitos e mate gelado. Crianças correm, atletas praticam frescobol e os mais afoitos se exibem em mergulhos olímpicos. Castelos de areia são construídos por mãos infantis.

Porém, neste plácido domingo carioca uma onda se formou. Não uma onda marítima, daquelas que os banhistas esperam para mergulhar. Sem que ninguém soubesse como ou por que, ela avançou sobre tudo e todos, num sentido contrário ao balanço do mar, levando o sol, o domingo, os risos, os sorvetes, os castelos e, principalmente, a felicidade.

Uma onda social, humana, gigantesca que destruiu a doce ilusão de um domingo de verão.

O arrastão levou sonhos, causou dor, feriu a cidadania.

O arrastão de longos anos de vida que, arrastada pela miséria, conduz ao crime o cidadão faminto.

O arrastão daqueles que veem o tempo passar, se arrastando em horas de espera. Espera sem tempo, sem alento, dos que não têm porque esperar e ainda teimam em viver, em filas de espera na vida sofrida dos que nada têm a perder.

O arrastão do medo, da fome e da insegurança, do hábito de viver mal, o mau viver num domingo de sol.

O arrastão que atraiu a multidão vadia até a praia, formou, uma onda que não molhou o corpo, mas os olhos dos que sofreram a perda da paz”.

 Livro “COMPLEXO DE VIÚVA E OUTRAS CRÔNICAS”

Editora All Print / SP – 2012 – Edison Borba

terça-feira, 22 de setembro de 2015

CONVERSANDO SOZINHO

Estamos vivendo uma  época  em  que a palavra conversar,  está tomando novos rumos. Os dicionários informam que conversar em latim, significava "viver com companhia", logo conversar exige um intercâmbio pelo menos
entre duas pessoas.
Tenho observado, que atualmente as pessoas quando se encontram, em duplas ou em grupos, a conversa quase sempre acontece sobre generalidades. Clima, esportes, dietas, programas que se pretende fazer ou  programações de filmes e novelas. Também as fofocas acontecem, e há sempre alguém na berlinda. O chefe, o diretor, uma vizinha, tia e principalmente as sogras.
Gastamos um longo tempo jogando conversa fora, numa profusão de bobagens, que após o término da "conversa" nada sobrou de inteligente ou de útil. As banalidades e futilidades estão cada vez mais ocupando os espaços Entre amigos, parentes e até entre parceiros e casais.
Falar "abobrinhas" também faz parte da nossa vida. Rir, contar e ouvir boas piadas, discutir um jogo de futebol ou os capítulos de uma novela, também fazem bem ao nosso sistema nervoso.
Porém, voltando ao significado da palavra "conversa", estamos nos isolando, conversando com a gente mesmo, falando sozinho, ou com os nossos botões ou com o próprio umbigo.
 Evitamos num bate-papo entrar em assuntos pessoais, falar de nossos sentimentos, vontades,
desejos e de situações que nos incomodam e também as que nos fazem felizes.
Talvez o medo da exposição da nossa sensibilidade para outras pessoas, esteja nos obrigando a falar
 de tudo para não dizer nada.
O esvaziamento dos relacionamentos pode ser naturalmente sentido no nosso cotidiano. Famílias de
desconhecidos, que apesar de habitarem a mesma casa, ninguém conhece ninguém. ninguém conversa verdadeiramente com ninguém. A superficialidade nas relações, algumas vezes trazem problemas sérios, quando o grupo familiar é surpreendido por um fato que era de conhecimento público mas não dos pertencentes ao clã, onde aconteceu a tragédia.
É provável que a avançada tecologia da comunicação que  transformou a Terra numa aldeia, esteja sendo uma das responsáveis pelo isolamento terráqueo.
Vivemos um momento em que temos muitos e diversificados amigos, ou então estamos fechados em um grupo, que se reúne em torno de um interesse comum e nada mais.
Toda essa parafernália, não deixa tempo para uma conversa tranquila, longa onde o falar se intercala com o ouvir e os interlocutores se expõem sem nenhum medo ou pudor.
Conversar sozinho, com o próprio umbigo, está sendo a saída, que infelizmente é um passo para a solidão e depressão.
Somos animais sociais por exelência e precisamos estar junto com outros da mesma espécie, viver em
companhia, e consequentemente trocar experiências, contar hisórias e com isso preservar a nossa
essência.
Edison Borba

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A DOR DO MUNDO É A MINHA DOR!

Impossível ter equilíbrio vendo as lágrimas de  uma mulher diante do corpo de seu filho morto.
Impossível não reagir a favor de um pai desempregado sem dinheiro para manter sua família.
Impossível não sofrer diante dos inúmeros drogados que vagam pelas ruas da cidade.
Impossível não verter lágrimas diante da tragédia dos refugiados na Europa.
Impossível não querer ajudar um doente solitário num leito de hospital.
Impossível ficar passivo diante das imagens da fome na África.
Impossível não sofrer com a dor dos abandonados em asilos.
A minha dor é dos  meus amigos. A minha dor é dor do meu povo.
A minha dor é dor do mundo!
O sentido de sofrimento só tem "sentido" quando não ficamos passivos diante do sofrimento.
Quando sofremos pela dor do nosso irmão, estamos demonstrando humanidade e através
desta reação estamos melhorando nossa condição de sermos humanos.
Porém, não basta apenas sentir a dor, é preciso agir!
Não basta sofrer junto, é preciso aprender a socorrer!
Estamos vivendo uma época em que a solidariedade precisa voltar a ser um sentimento coletivo.
Dar às mãos, abrir portas e janelas, abraçar, amparar, abrigar são condições que se fazem urgentes.
Nunca em tão pouco tempo, o mundo está vivenciando tragédias. As grandes que abalam o planeta,
as pequenas e localizadas como as doenças endêmicas e as pessoais e individualizadas, que talvez
sejam o estopim para as grandes pandemias.
Ninguém deveria sofrer sozinho. A dor do meu semelhante tem que ser a minha dor. Somente
assim, com este sentimento podemos avaliar até mesmo as pequenas maldades que as vezes
cometemos.
Minha dor é do tamanho da dor do mundo e preciso partilhá-la para que ela se torne menor e mais
suportável e desta forma a minha dor irá me fazer um ser humano melhor.
Edison Borba

domingo, 20 de setembro de 2015

CONTANDO HISTÓRIAS

Sábado, 19 de setembro, na ESCOLA ESTADUAL VITAL BRASIL, foi realizado o Encontro Literário 2015. Eu tive o prazer de ser convidado para participar do evento.
Foi emocionante ver meus textos, poemas, crônicas, histórias e livros nas mãos e no imaginário dos alunos e professores desta Unidade de Ensino.
Impossível descrever a emoção que senti vendo meu trabalho sendo usado como material para o incentivo à leitura e amor aos livros.
Havia amor, em todos os espaços da escola. O entrosamento entre alunos e professores era evidente. Uma atmosfera de carinho estava nos corredores, salas de aula e pátio. Quando me vi cercado por  alunos, havidos por ouvir histórias e também contar suas histórias foi emocionante.
Estou no magistério desde 1968 e sempre me encanto e fico orgulhoso quando encontro companheiros, que acreditam e lutam por  numa escola pública de qualidade.
Aos colegas, companheiros professores da Vital Brasil, agradeço pelo carinho com que me receberam e pela importância que demonstraram pelo meu trabalho.
Foi um sábado inesquecível! 
Impossível descrever o quanto me senti feliz e orgulhoso de estar com vocês.
Obrigado pela acolhida e o por reforçarem em mim, a vontade de continuar lutando pela educação brasileira.
Obrigado! Obrigado! Obrigado !
Edison Borba ("seu" Edison)

sábado, 19 de setembro de 2015

SUCESSO BÍBLICO

Quando a novela "Os Dez Mandamentos" começou a ser exibida, haviam dúvidas quanto ao seu possível sucesso.
Os  noveleiros habituados a acompanhar dramalhões, cheios de crimes, maldades, invejas, disputas,
traições   sentimentos e atitudes do ser humano moderno, não gostariam de ver uma história cujo
final já é do conhecimento de todos e os seus meandros, de alguma forma também faz parte da
informação popular.
Outra questão, estava nas atitudes dos persnagens, que provavelmente não teriam relação com a sociedade atual.
Uma história bíblica viria com excessos de santidades, e portanto não corresponderia aos anseios dos
que curtem folhetins repletos de dramaticidade. Até os nomes dos personagens foi questionado, por
serem antigos e bíblicos, pouco conhecidos do público.
Para surpresa de todos, além da beleza dos cenários, figurino, atores e atrizes com ótimas atuações a história está sendo contada, mostrando todos os atributos bons e maus dos seres humanos. Cenas de amor, ódio, paixão, vingança, cobiça, traição e muita ação. Amores divididos, vingança e belos corpos nadando em lindas piscinas.
Tudo numa embalagem novelística, moderna, atual e de excelente qualidade. Por se tratar de uma obra histórica os diretores e autores precisam manter a liguagem e nomes de época e não podem se afastar da linha principal da trama: Moisés, e a luta pela libertação de seu povo, os hebreus.
Parabéns a emissora que soube elegantemente abordar um difícil tema e trazer para o público uma obra de qualidade e com informações históricas que se fazem necessárias no nosso processo cultural.
 
Este ano, quando Silvio Santos reunir personalidades, jornalistas e estudiosos da arte na televisão, não há como deixar de reconhecer que a novela "Os Dez Mandamentos" é a  melhor produção de 2015. Também na indicação dos melhores atores e atrizes, não há como negar as excelentes atuações do elenco desta novela.
Opinião de noveleiro e crítico.
Edison Borba

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

DECLARAÇÃO

Declaro para os devidos fins que sou cidadão brasileiro, registrado e vacinado. Para identificar-me, trago sempre comigo carteira de identidade, CPF, título de eleitor, certificado de reservista e carteira de trabalho.
Pertenço a  classe média e portanto estou sempre no vermelho bancário, meus cartões de crédito estão no limite e já esgotei as possibilidades de empréstimos.
Mensalmente tenho que conseguir manter em dia as contas de luz, gás, água, telefone fixo, celular, IPTU, IPVA, condomínio além de outras taxas e tarifas que sou obrigado a pagar. O leão, todos os anos ameaça a minha vida. Peço a Deus que me livre de cair em suas garras, pois sei que serei devorado, como os cristãos nas arenas romanas.
O meu rendimento familiar, termina antes do final de cada mês, por este motivo, os cartões de crédito nunca conseguem ser quitados.
Diariamente, aqui em minha casa rezamos para não sermos acometidos por nenhum vírus, bactéria ou outro microorganismo que, se nos acometer, teremos que recorrer aos hospitais públicos, pois deixamos de pagar plano de saúde pelo seu alto custo e teremos que arcar com os altos preços dos remédios.
Cortamos do nosso cotidiano os pequenos prazeres. Estamos limitados ao arroz com feijão, batata, fubá, aipim e banana. Nunca mais tivemos encontros com chocolates, bolos, biscoitos e leite. Nada disso pode! Nada disso nos pertence mais!
Estamos em dieta forçada e com isso mais magros e esbeltos. Está aqui uma das vantagens da crise: perder peso sem precisar frequentar academias ou ir a um spa.
Com a crise hídrica e elétrica, aproveitamos para reduzir os banhos para uma vez por semana, alternando o dia entre os familiares. Desta forma, nossas despesas com sabonete, shampoo, água e luz foi reduzida. A mesma prática também esta sendo usada pela manhã, apenas com a água de um copo todos limpam o rosto e escovam os dentes. Nossas roupas são lavadas apenas uma vez no mês e jamais passadas com ferro elétrico, para pouparmos energia do planeta e dinheiro na nossa conta.
Estamos felizes em poder ajudar ao nosso País a sair da crise, e ao planeta a poupar seus recursos naturais.
Propagamos as nossas iniciativas para que outras famílias possam seguir o nosso exemplo.
Ainda temos outras sugestões que poderão ser adaptadas ao nosso dia-a-dia e, desta forma garantindo aos nossos parlamentares empresários e outros corruptos, mais tranquilidade nos desvios fianceiros e também aos partidos políticos mais dinheiro para as suas próximas campanhas.
Se todos os brasileiros colaborarem, nosso país poderá se manter por muitos mais anos repetindo - "Brasil, um país do futuro!"
Edison Borba

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

DELÍRIOS: NÚMEROS E NÚMEROS!


Taxas, tributos, impostos, preços, percentual, sobe e desce do dólar, reais, euros, valores tudo isto e muito mais numa miscelânea numérica, muitas expressas em percentuais que confundem a minha vida.

Competitividade, empresas, negócios, altas e baixas, empreendedorismo, compras, investimentos e salários. Como investir se o salário acaba numericamente falando antes dos numericamente falando, os trinta dias de cada mês?

Tramitação, economia, ministros, solidez, câmaras, ministro da economia, ministro da fazenda, privatização e recursos financeiros. Meus recursos já acabaram e eu tô ficando doidão!
Bolsa de valores, caderneta de poupança, cheques, saques, retiradas, aplicações e fundos. Que fundos? Os meus já estão furados faz muito tempo!
Golpe, ruptura, economia, política, crise, tá pior, tá melhor, tá sólido, constitucional, eleitoral, doações, dinheiro, democracia, mercado, compras e dívidas. Minhas dívidas! Como e quando pagar? Tô no vermelho! Minha cara também tá vermelha de vergonha dos credores.
Credores? Sou devedor, tenho dívidas e tenho dúvidas, não sei o que fazer. Não estou no grupo que torce pelo pior. Eu sou a favor do melhor. Mas o que é melhor, aplicar, descontar, guardar ou economizar? Economizar o quê? Grana? Bufunfa? Money? Moedas?
Minha bolsa e meu bolso estão mais secos que o deserto do Saara. Tenho uma amiga que desconta na comida os seus problemas. Ela é chocólatra e mergulha no cacau para aliviar as tensões. Mas eu, não tenho como comprar nem um bombom. O que faço? Nem acalmar minhas tensões numa caixa de doces eu consigo, pois o que trago comigo é uma carteira vazia. Vou entrar no botequim e pedir um trago, na hora de pagar eu direi para o dono do bar: depois eu trago!
Estou delirando, estou economizando, não estou comprando e nem gastando, creio que estou agradando e até me regenerando, os pecados capitais eu não cometo mais por falta de capital. A gula mandei embora, a avareza perdeu o sentido, a vaidade já era, o só me restou a preguiça uma moleza no corpo, um cansaço genial por não ter nada no bolso, nem uma cédula, nenhum real.
Edison Borba

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

CARTA DE UMA ALUNA DO CEJK.

No final do ano de 1987, recebi como presente dos formandos do Colégio Estadual Júlia Kubitschek, o livro "Os Sentidos da Paixão".
Em setembro de 2015, o retirei da estante e lendo a dedicatória com a assinatura de diversos alunos das turmas que se diplomaram naquele ano, visitei minhas salas de aula, tentando lembrar os rostos, os sorrisos, os sonhos e as esperanças de cada um. Para minha surpresa, mesmo já tendo usado este livro diversas vezes, encontrei numa amarelada folha de caderno, entre as páginas do livro, uma carta dirigida a mim, e escrita por uma aluna que faleceu, algum tempo após a conclusão do curso.
Emocionado, divido com os amigos o sensível texto.

                           "Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1987.

                            Amigo,
Às vezes fico pensando de onde conheço você, companheiro e amigo, homem sincero e honesto.
De outras vidas? Da Grécia antiga? De onde? De onde?
Talvez não haja mais tempo para tantos e tantas perguntas ...
Um sorriso quando é amigo, nós o conhecemos através do olhar.
Quando o olhar é amigo, penetramos o coração.
Em ti, amigo, não há segredos aparentes, tua cumplicidade com teu próximo é tua alegria e luta.
O teu aluno é eterno filho, a quem deves amparar, esta é a tua missão!
Como não sermos honestos contigo? Como fugirmos a tudo isto e de tudo isto?
Amo-te também como a um filho.
Por isso, nada temas da vida, o amor te protegerá diante dos obstáculos, se perpetuará através de teus vários filhos, por isso, nada temas.
Ama sempre sem distinção e sairás um vencedor, quer seja espiritualmente ou materialmente. E te sorrirá um dia, em forma de flores, a felicidade que se diz, não é deste mundo.
Não brigues comigo, por ser tão criança, tu mesmo, todos nós, o somos um pouco, necessitados que estamos, ainda, de buscar o conhecimento, para que todos os elos da corrente, voltem a se unir. Esta é a nossa obra: tentar consertar o elo perdido em algum lugar do passado.
Ama sempre, mesmo diante das dificuldades!
Escuta e cala, sempre que necessário ...
O que gostaria de dizer-te, amigo, é muito pouco diante de uma pequena folha de papel, porém o pouco que aqui vai, é sincero e honesto.
Obrigado por tudo e por todos, já que me é possível dizer.
Dilatando claridade o homem vai ... como o sol, ele é a própria luz, o ser fabuloso que pensa, que age, que tem livre arbítrio, apesar dos pesares...
Mais uma vez, amigo, nada temas, a não ser a ti mesmo.
Porém, seja seguro, sempre, nas tuas oportunidades diárias de renovação.
De onde conheço você, companheiro, amigo, o camarada?
De um passado talvez distante, em que os homens ainda lutavam como hoje?
Um dia, quem sabe, obterei a resposta certa ...
Novamente amigo, prossiga tua caminhada por que muitos te amam e torcem por ti. Não se percas nos caminhos tortuosos da estrada porque "viver é proposta desafiadora para o amor".
Até um dia, quem sabe amigo, nós nos reencontramos.
Até um dia!
Te amo, amigo, não se percas ... não se percas ... não se percas ...
                  Elma F. dos Santos
Creio que esta aluna, foi um anjo que esteve entre nós. Ela veio para nos ensinar sobre o amor ao próximo.
Onde quer que ela esteja, retribuo após, mais de vinte anos, o carinho que deixou numa pequena folha de caderno. Obrigado!
Edison Borba

"SE O POVO NÃO TEM PÃO"...

Nos livros de História, consta a famosa frase, que teria sido pronunciada por Maria Antonieta, na França, no período da revolução francesa: "Se o povo não tem pão, que coma brioches"...
Nestas simples palavras, ficou claro o desconhecimento da nobre senhora, sobre a real situação de miséria em que havia mergulhado o povo francês. É provável, que a ignorância de Maria Antonieta, fosse uma verdade, pois sua vida em palácio a protegia do que acontecia fora dos muros do seu castelo
No século atual, no reino do Brasil, o povo está vivenciando situação semelhante. A rainha, que diferente da M.A. sabe perfeitamente bem como vive o brasileiro, mesmo assim, assina decretos, propõem medidas, pedindo o sacrifício do povo. Além de assinar novas regras que atingem diretamente o bolso do trabalhador. Porém, nada é feito para que os palacianos apertem seus cintos. O número de ministros e todos os seus assessores continua o mesmo. Por pouco não aconteceu a compra de novos talheres e louça para os jantares presidenciais. As viagens continuam acontecendo e as farras estão nas agendas de quase todos os parlamentares. Ninguém propõem diminuição dos custos extras que cada parlamentar custa ao País.
"Se o povo não tem pão, que coma brioches", também deve ser o pensamento de toda a corte que vive nas dependências reais brasileiras.
Quando os telejornais mostram o clima no senado e câmaras de deputados e vereadores, o que se pode assistir é uma enorme quantidade de homens e mulheres num vai e vem, em torno de mesas, cafés,  água e telefones celulares. Rostos risonhos, alguns sentados conversando, outros cochilando, muitos usando seus celulares às vezes tem alguém falando e ninguém escutando. Uma farra dos deuses, que sabem que seus polpudos salarios estarão depositados em suas contas bancárias junto com todos os outros ganhos extras que cada parlamentar recebe pelo excesso de trabalho (???).
Nesta crise em que o Brasil está mergulhado, diariamente assistimos o aumento do desemprego, dos preços, da inflação e de outras situações criadas pelo próprio governo, que não soube administrar as finanças do País, gastando mais do que podia e devia, em seu próprio favor. Os altos custos de contratos com empreiteiras, os desvios de verbas e a corrupção levaram o País a cair num buraco.


A conta a pagar é alta, os que estão no comando não querem perder a mordomia, logo quem vai pagar pelo que não gastou é o povo e, como disse a célebre M.A. (Maria Antonieta): "comam brioches, se está havendo falta de pão!"
 
Que tristeza!
                     Edison Borba

terça-feira, 15 de setembro de 2015

SOU INVEJOSO?

Dia desses, eu me descobri um invejoso! Invejoso mesmo! Daqueles que deseja estar no lugar do outro e até possuir algo alheio. Apesar de envergonhado, por ter sido apanhado em flagrante, eu não consegui desvencilhar-me do horrível sentimento, que é a inveja. Logo eu, um cara que prima pela lisura comportamental e detém o respeito da sociedade. Um homem de caráter ilibado e vida isenta de qualquer deslize.
Sou invejoso! Que tragédia descobrir algo tão execrável para um ser humano. Tirar o véu da bondade, mostrar a "cara" lavada de um "cara" que deseja o que não lhe pertence.
Não frequento academia e invejo os que possuem barriga de tanquinho.
Não trabalho! Porém, invejo os que compraram carro zerinho, com o dinheiro de seu esforço.
E assim eu vou seguindo a minha vida cheio de "olho grande" no quintal do vizinho.
Apesar de reconhecer tal pecado, não tenho forças para libertar-me deste sentimento: a inveja!
Semana passada estava debruçado na janela de meu apartamento quando pude observar um jovem alegre e sorridente pedalando uma bicicleta. A inveja imediatamente apoderou-se de mim. Ele numa bike, vermelha elegantemente desfilando sob o meu nariz. Rapidamente o sentimento invejoso, passou pela minha cabeça. Mas, não curto pedalar, nunca quis ter uma bicicleta e nem sei ficar equilibrado sobre aquele magro "camelo". Por que a inveja? Invejando o que não quero! Que confuso é o meu pensamento.
E, assim, dia a dia, vou descobrindo que invejo apenas por invejar. Provavelmente um hábito, trauma de infância,  desvio de caráter, problemas emocionais ou qualquer outro situação que fez de mim, um invejoso contumaz.
Por dia, matematicamente calculando, deve ocorrer em torno de mais de cem pensamentos invejosos em minha cabeça.
Quando a noite chega, na hora em que vou dormir, não lembro de nenhum deles. Minha inveja é passageira, não é sentimento entranhado em minha alma; é mania. Não trago em mim, verdadeiramente, esse trágico sentimento. Possivelmente, meu cérebro, através deste caminho torto, esteja querendo forçar-me a cumprir algumas promessas que me faço e não cumpro, como: perder peso, malhar e me tornar um atleta.
Sou invejoso do bem. Busco no outro um exemplo para que eu encontre forças para continuar a lutar, trabalhar, viver de forma saudável, colaborar com meus semelhantes, partilhar o pão de cada dia e nunca deixar que a inveja real, se apodere de minha alma e me transforme num homem infeliz, que se incomoda com a felicidade alheia.
Sou invejoso do bem! Realmente eu me sinto como um espelho que precisa refletir boas imagens e desta forma me transformar numa pessoa melhor, e, assim ajuda a  tornar nosso planeta mais humano.
 
Edison Borba
 
 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

JOGANDO A ISCA

No jogo da sedução, as palavras ainda são uma boa isca para se pegar o peixe. Quando sussurradas ao pé do ouvido o efeito é quase imediato, que funcionam desde os tempos de Romeu e Julieta.
É difícil resistir às tentações ditas durante um abraço, um aconchego, um intimo carinho quando os corações estão batendo forte e a respiração ofegante. Nesses momentos alguns termos são infalíveis e devem estar na ponta da língua, isto é, na ponta do anzol para que a presa seja envolvida e se entregue de corpo e alma ao caçador.
Vejamos alguns termos que não podem faltar no vocabulário dos conquistadores e até das conquistadoras.
A sequência de propostas pode começar, usando a estratégia criada pelo Rei Roberto Carlos, "eu te darei meu bem": amor, ardor, calor, prazer, confiança, segurança, conforto, proteção, paz, tranquilidade, serenidade e carinho. Meu amor, se preciso for, te darei meu sangue e até minha vida. Meu amor eu te darei o céu, as estrelas e o infinito. Juntos voaremos livres pela galáxia!
Todas essas "oferendas" precisam ser calculadamente expressas, aos poucos, com pequenos intervalos entre carícias. Não podem parecer ofertas, presentes, objetos materiais, são realmente "oferendas" pois são ofertadas humildemente, onde que oferece também se oferece, no mesmo conjunto, mas a intencionalidade é receber mais do que se está dando.
Se após todas essas promessas a conquista não se realizar, o melhor é procurar uma vidente, sensitiva ou cartomante que vai lhe receitar um banho de descarrego e tentar te conseguir um amor em três dias.
Se mesmo assim não conseguir, procure um dentista que tudo pode estar sendo causado pelo seu hálito,  ou seja, seu mal hálito.
Assim ninguém aguenta!

Edison Borba