terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

RAÍZES DA VIOLÊNCIA! (no Brasil)

(por) Edison Borba
As comunidades carentes do Rio de Janeiro, estão sempre nos noticiários sobre a violência. Traficantes, bandidos, ladrões entre outros “meliantes” aparecem nas manchetes dos jornais. Grande parte da população tem olhado para as comunidades como um perigo para o asfalto. Porém, precisamos analisar a violência que o asfalto leva para as comunidades. Os monstros que moram em avenidas e ruas bem asfaltadas e até arborizadas, em condomínios, casas e apartamentos de luxo, os responsáveis por cuidar da população, são eles e elas que violam as Leis.
 
Violência pela falta de educação e saúde (escolas e hospitais sucateados), saneamento inexistente, abandono total de pessoas. Brasileiros eleitores que vivem à margem, das mínimas condições dignas de sobrevivência de um ser humano. As chuvas quando desabam sobre a cidade, denunciam a precariedade da nossa cidade. Antes de apontarmos o dedo para o lixo, responsabilizando os moradores de comunidades, de jogar lixo nas ruas, lembremos que essa atitude também se repete no asfalto e nos bairros elegantes da cidade, fruto da nossa falta de educação.
A violência das comunidades, em alguns casos, é uma resposta à violência praticada por nossos governantes. A violação dos direitos humanos, praticada por uma grande parcela dos nossos líderes políticos, de todos os escalões, é uma das raízes, da violência que se abate por todo Brasil.
****** 

domingo, 25 de fevereiro de 2018

GENTE COMO A GENTE?

(por) Edison Borba
Com a proximidade do mês das eleições, tenho pensado bastante nas pessoas que estão se apresentando para ocupar os cargos de comando do Brasil. Homens e mulheres se candidatando: quem são eles? Quem é essa gente na intimidade? Como eles vivem? Quem são seus pais? De onde vieram? Onde estudaram? Frequentam alguma igreja ou seita?
Quem são eles quando tiram a maquiagem, quando se despem para mergulhar em suas banheiras? Quem é essa gente quando está nua? Será como na história “A ROUPA NOVA DO REI”?
Eu já abordei esse tema em outro texto. Mas, a dúvida me persegue! Que é essa gente? Quem são os seus aliados?
O que pensam, falam, comentam em suas intimidades? O que conversam em suas casas?  Quem são seus cônjuges e seus filhos? As mulheres que se “acham” importantes, o que pensam das trabalhadoras? E das grávidas? E dos bebês? Bruxas ou fadas? Quem são elas? O que fazem as senadoras e deputadas em benefício das mulheres trabalhadoras? Para que serve o poder destas mulheres? QUEM SÃO ELAS?
Precisamos, como eleitores, irmos além dos palanques e das entrevistas nos meios de comunicação, que maquiam rostos de monstros transformando-os em santos. Temos que saber quem iremos eleger, como gente! Será que são gente como a gente?
Temos acompanhado famílias de corruptos, onde pais e filhos estão no mesmo presídio. É isto que queremos na próxima eleição? Por que nos fixamos nos partidos? Temos que observar as pessoas. São “gente” de confiança? Qual é passado de cada candidato e candidata? Tinham alguma profissão antes de serem eleitos? Como foi o desempenho de cada um deles antes de gozar dos benefícios políticos?
Quem é essa gente?
Não podemos DAR nosso VOTO para qualquer um! Os lobos estão à espreita, todos com as capas de cordeiro. Nós o povo, não podemos mais eleger esse tipo maléfico de GENTE!
Quem são os candidatos? Quem é essa gente?

******

sábado, 24 de fevereiro de 2018

AS CISMAS DO DESTINO poema de Augusto dos Anjos


BUSCANDO CAMINHOS ...

(por) Edison Borba
Às vezes me pego a pensar, onde gostaria de estar
Agora, neste momento que estou a digitar
Paris, Berlim, Nova York ou seria Paquetá
Talvez numa praia distante do litoral do nordeste
Ou numa cidade pequena na bela região sudeste
É uma vontade imensa de buscar novos caminhos

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Encontrar novo ninho, lá no Acre ou Argentina
Mas também penso em Campinas, bela cidade paulista
Eu fico aumentando a lista, pulando de galho em galho
Vou buscando um paradeiro, um novo país ou cidade
Onde não haja maldade, brigas, roubos e corrupção

Aqui na minha sala, diante do computador
Fico buscando um lugar onde não haja dor
Porém, queridos amigos, vos falo com emoção
Este lugar somos nós, e tudo o que fazemos
Nossos atos, nossos fatos, onde colocamos a mão
Tudo está dependendo de toda a humanidade
Carinho, amor, respeito, igualdade, paz e gratidão

Está diante de nós, ou melhor,
Está plantado dentro do nosso coração!

******

 

 

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

O QUE O DINHEIRO NÃO COMPRA!

 (por) Edison Borba
 
Preocupado com as despesas, na loteria fui jogar
Nada ganhei e fiquei triste a chorar
Um raio de sol, iluminando o meu rosto
Perguntou-me: por que tanto desgosto?
Tens uma riqueza infinita: família, amigos e um lar
Tens um Deus que te protege e Jesus teu companheiro
Nada disso pode ser comprado, por nenhum (nenhum) dinheiro!
 
******

LIBERDADE

(por) Edison Borba

 

Eu sou das letras, sou das sílabas
Sou das palavras, sou dos textos
Sou dos livros, sou “ledor”
Também sou um “escrevinhador”
Sou das histórias e narrativas
Sou dos poemas e da poesia
Escrevo meus versos e “reversos”
Sou um conversador
Um contador de histórias
Sou um homem de “memórias”
Sou livre sou pensador!

PEDIDOS IMPEDIDOS!

(por) Edison Borba
 
Pedimos educação, recebemos camburão.
Queremos mais saúde, e compramos ataúdes.
Na aplicação de vacinas, sabemos que existem propinas.
Escolas não são construídas, mas recebemos balas perdidas.
Elegemos vereadores para nos causarem dores
Nosso prefeito faz tudo mau feito
Nossa polícia luta contra a milícia
Enquanto o trabalhador vive sempre com horror
Em nossa bandeira ORDEM e PROGRESSO
Em nossa cidade desordem e retrocesso
Somos Cristãos, não perdemos a fé
Deus é meu Senhor. Jesus meu salvador.
Pedimos em oração:
Ordem, trabalho, pão e muita educação!

******

VERSO E REVERSO!

(por) Edison Borba
 
Por medo eu fiquei calado. Arrependi-me por não ter falado.
Por medo eu fiquei parado. Arrependi-me por não ter caminhado.

Por medo não quis ser amado. Arrependi-me por estar isolado.
Verso e reverso. Direito e avesso.

Posições contrárias. Atitudes arbitrárias.
Ação e reação. Arrependimento e dúvida.

Se tivesse falado? E se não ficasse parado?
E se eu me deixasse ser amado?
Não há respostas. Dúvidas apenas dúvidas!

Não posso me arrepender, porque não sei o que iria acontecer.
Seu tivesse falado. Se não ficasse parado.
Se tivesse amado!!!

******

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

BRASIL! QUE PAÍS É ESTE?

(por) Edison Borba
Encontrar o Brasil na lista dos Países mais corruptos do mundo, creio que não foi surpresa para  nenhum cidadão esclarecido. Apenas um sentimento de vergonha, impotência, desilusão e desesperança é que invadiu a minha alma. Faz anos, cantamos com o grupo “Legião Urbana”, a pergunta: “Que País é este?”

Até hoje ninguém conseguiu responder!

O Rio de Janeiro, vive dias de medo! A violência já está incluída nos cartões postais. As mortes são tratadas, quase que indiferentemente ao som dos blocos e desfiles do carnaval. Ainda somos o povo de pele morena, hospitaleiro e alegre por natureza, isto é, de nascença, pois a natureza (paisagem) vem sendo destruída diariamente, como em todos os outros estados.

Os grandes ladrões, os famosos corruptos, os vampiros do povo trabalhador, estes, roubam por roubar. O que me intriga é o motivo de guardar o dinheiro roubado em caixas, em apartamentos, em contas nos paraísos fiscais, cujo montante, o próprio ladrão e toda a sua prole até a 5ª geração, não poderão gastar. O que fazer com as joias? Com os apartamentos? Com as casas de veraneio? Com as lanchas? Com os relógios e as roupas?

Quem são essas pessoas? De onde vieram? O que sentem os seus filhos? Qual a crença de cada um deles? Frequentam algum templo religioso? O que, verdadeiramente, pensam?

Os traficantes das comunidades são presos, fichados, identificados e às vezes até condenados. Mas, os empresários, os políticos, os ministros, suas secretárias, amantes, mulheres e alguns familiares e amigos, o que fazer com eles?

Gente que vende o Brasil por qualquer trinta moedas. Gente que patrocina muitos delitos que explodem nas comunidades e nos bandidos “pés de chinelo”, o que fazer com eles?

QUEM SÃO ELES?

******

 

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

RIO DE JANEIRO - CIDADE (quase) MARAVILHOSA



(por) Edison Borba

Após as chuvas que desabaram sobre o Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 14 de fevereiro, algumas ruas ainda encontram-se sem luz e com a limpeza e poda de árvores aguardando para serem realizadas. Infelizmente essa situação da cidade maravilhosa não é novidade, e o carnaval tem sido uma enciclopédia com documentos sobre esses horrores.
No carnaval de  1954, o povo cantou nas ruas a marchinha VAGALUME, escrita por Victor Simon e Fernando Martins e gravada pelo CONJUNTO Anjos do Inferno.

Acredito que não houve grandes mudanças na querida Rio de Janeiro, sendo provável que no carnaval de 2019, o “Vagalume” volte a fazer sucesso.

Mais uma "bizarrice" brasileira!

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

BRASIL BIZARRO! FAVELA AMARELA???



Carnaval sempre foi usado para protestos, reclamações e denúncias sobre fatos e atitudes, algumas até bizarras, do nosso mundo político / social. No carnaval de 1961, a cantora ARACY CORTES, fez grande sucesso cantando FAVELA AMARELA, uma composição de JOTA JUNIOR e OLDEMAR MAGALHÃES. Naqueles “tempos” o Senhor Mário Saladini, que era dirigente do Departamento de Turismo do Rio de Janeiro, sugeriu que as fachadas dos barracos das favelas fossem pintadas de uma só cor. Esta ação seria tomada, para impressionar melhor os turistas. Ele chegou a sugerir o amarelo, como sua preferência. O cinema aproveitou a situação e no filme SAMBA EM BRASÍLIA, Aracy Cortes aparece interpretando a Favela Amarela.
Bizarro? Visitando os antigos carnavais encontraremos muito mais!
******

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

UMA QUESTÃO DE NOME!

(por) Edison Borba

Ao nascer, fui registrado em cartório com o nome de EDISON, porém para os meus familiares sempre fui EDINHO (alguns ainda continuam a me chamar assim). Porém, somente ao terminar à quarta série do antigo primário, é que fui informado pela Diretora da Escola Municipal Ceará, lá em Inhaúma, que meu nome tinha a letra i, eu era EDISON com i. Portanto foi no gabinete da escola que nasceu oficialmente o EDISON.

Quando bancário, eu era conhecido como BORBA. Usava crachá e sempre me orgulhei de ostentar o sobrenome do meu pai. Na Universidade eu era o Edison, no trabalho o BORBA, em casa o EDINHO.


Porém, fui nas salas de aula que nasceu um novo nome, ou será um novo personagem. Meus alunos me batizaram como “SEU EDISON”.
Anos e anos sendo chamado por centenas de crianças e jovens por “SEU EDISON” que alguns amigos passaram a me reconhecer desta forma.
Edison, Edinho, Borba e finalmente “SEU” Edison!
Porém, ainda necessito informar a muitas pessoas, que meu nome é EDISON com i.  Em consequência da presença desta letrinha no meu nome é que, em alguns documentos e em lugares públicos, sou chamado de EDILSON.

Haja coração!

******

domingo, 18 de fevereiro de 2018

TUDO SE FOI ... ADEUS ...

(por) Edison Borba

Tudo que eu fui se dissolve hoje vagarosamente
Já não existe mais corpo, apenas restos
Uma ossada disforme ainda vestida por trapos
Carne, músculos e pele, tudo se desfez, derreteu
Orgulho, vaidade, bondade, prepotência
Beleza, altivez, cultura e inteligência

Tudo apagado, desfeito, derretido
Misturando-se com a terra
Pouca à pouco irá desaparecendo
Virando cinza que será levada pelo vento
Partículas de poeira que nada valem

Outrora, me julgava importante
Agora não sou relevante
Quem irá lembrar-se do meu sorriso
Da minha voz, do meu cantar,
De tudo que fui e pensei ser
Da minha maneira de viver

Agora nada sou. Tudo se foi ...
Existirei apenas em algumas lembranças
Que irão se apagando aos poucos
Até, nada de mim, mais restar
E ninguém mais lembrar
De alguém que viveu e num piscar de olhos

Desapareceu ... sem tempo de dizer ADEUS!

AGENDA ...

(por) Edison Borba


Hoje não posso! Amanhã, é possível! Depois pode ser!
Depende dos meus compromissos. Da minha agenda.
Se não chover apareço! Se tiver dinheiro, compareço!
Amanhã? É provável! Talvez seja viável ...
Quem sabe um dia, só mais um dia pra gente se encontrar!
É só mais um dia, para esperar!
******

A MÚSICA DA MINHA VIDA - Pharrell Williams - Happy


BRASILINA, FAZ TEMPO QUE VIROU BAGUNÇA!



(por) Edison Borba
Brasil 1960, o povo elege para a presidência do País o Senhor Jânio Quadros e para vice Jango (João Goulart).

Sete meses após  ser eleito, Jânio, o homem que prometeu varrer o Brasil de todo tipo de corrupção, abandona o PODER, renunciando seu mandato, alegando que “forças ocultas” o ameaçavam de continuar governando o Brasil.
A vassoura foi o símbolo da campanha de Jânio, tornando-se motivo para piadas e brincadeiras, e foi neste clima que que o filme “VIROU BAGUNÇA”, uma comédia musical, foi lançado. Entre os diversos números musicais, “Brasilina” se destaca com uma letra engraçada, na qual a “vassouricilina” era indicada para tratamento da “Brasilina” que encontrava-se muito doente.
Após tantos anos, a “Brasilina” continua mal, e ainda não foi encontrado um remédio, antídoto ou vacina para curá-la da grande doença que a aflige – a “corrupitina”!!!

sábado, 17 de fevereiro de 2018

TODAS AS VIDAS poema de Cora Coralina


ADEUS?

(por) Edison Borba

Disse adeus na beira do mar

Mas, uma onda teimosa

Voltou para me avisar

Que um amor como o meu

Jamais poderia acabar!!!


******

GRATIDÃO!


(por) Edison Borba
Obrigado pelo pão /// Pelo amor e amizade
Obrigado pelo carinho /// E toda a sua bondade
Quero lhe retribuir com meu amor de verdade
E também com gratidão por quem me estendeu a mão!

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

QUANDO SE MORRE


-(por) Edison Borba

Morre-se em vida com medo da morte
Morre-se por desgosto de não ter mais gosto
Morre-se de melancolia entre suspiros e desalentos
Quando se morre os rios secam e os pássaros emudecem
As flores murcham e o sol se apaga
Os ideais e as ideias se esvaem
As lágrimas secam e os encantos se perdem
Quando se morre há um infinito esquecimento
Um doloroso apagar das mentes dos amigos e dos amores
Morre-se de desencanto por não sentir mais encantos
Nos cantares deste mundo
Morre-se de cansaço de amargura e desventura
Morre-se quando não há mais ternura
Morre-se de tédio, por não encontrar mais remédio
Para combater solidão
Morre-se todos os dias, todas as noites quando se espera
Morre-se pouco a pouco de saudade
Morre-se nas partidas e nos sonhos que não foram repartidos
Morre-se para desperdiçar a vida
Vagarosamente como o sol poente
Que se vai afogar nas águas profundas dos oceanos
Assim também morremos, descansamos, esquecemos
Mergulhando a cada dia no mais profundo prazer que é viver!
******

RIO de JANEIRO, Chuvas o ano inteiro! Poema de Edison Borba


RIO DE JANEIRO, DAS CHUVAS O ANO INTEIRO!


(por) Edison Borba
 
É pau é pedra é a casa no chão / É família soterrada é criança sem pão/
É encosta escorrendo matando um irmão /É lama, é lodo, é desconstrução/
É menino chorando é mulher soluçando / É político fugindo/
É dinheiro sumindo /É barulho, é entulho é o sonho desfeito/
É prefeito imperfeito vereador enganador /
São os homens do mau que só causam dor / É família chorando a morte de José/
É muita gente velando o corpo do João /
É o Rio de Janeiro, de janeiro a dezembro /
Não é só em março que as águas invadem/
As ruas as casas escolas e hospitais / É o ano todo, é todo ano
É anos e anos, num tormento sem fim / É tijolo, é telhado é parede no chão /
 É o rosto em lágrimas e lamentos em vão/
É mobília arrastada, é a roupa molhada /
É tristeza, é tristeza ninguém tem compaixão
É desabrigado é desalojado é o morto em caixão /
É o donativo sumindo dos necessitados/
É sem teto amargando grande solidão! / Não tem casa nem lar, agora é só esperar/
É pau é pedra para a reconstrução / É a luta, é a urna, é o voto na mão
É tentar renascer para uma nova visão /
Sem criança chorando, sem casa desabando /
Sem viúvas na rua implorando pelo pão/
É pau é pedra ... mas não é o fim do caminho!
******
Licença do Senhor Antônio Carlos Jobim. Lembrando que 2018 é ano de eleições. A arma do povo é o voto!

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

EU SOU EU, NO CARNAVAL!


TEMPOS DE QUARESMA


MAGIAS PERDIDAS NO TEMPO (por) Edison Borba
“COISAS DE FAMÍLIA”

Na quarta-feira depois do carnaval, toda a família comparecia na missa para receber uma cruz na testa, feita com cinzas.
Minha mãe e avó, vestiam-se de preto e havia mais tranquilidade em nossa casa. No início da noite era comum a reza do terço. Na igreja do nosso bairro, os santos eram cobertos de roxo e havia um respeitoso silêncio.

Sempre que as crianças aprontavam alguma brincadeira, os adultos alertavam para o respeito que deveríamos ter neste tempo. Na sexta-feira da Paixão, íamos até a igreja para a procissão de Nossa Senhora das Dores. As mulheres com as cabeças cobertas por véus choravam pela morte de Jesus.

No sábado, acordávamos cedinho para saber quem teria sido escolhido para representar o Judas. Nos postes, bonecos que seriam malhados ao meio dia. Aleluia! Aleluia!
No domingo, era servido um bom almoço para toda a família. No subúrbio, onde eu morava, os ovos de Páscoa ainda não tinham chegado.

Era desta forma, é que vivenciávamos a Quaresma e a Semana Santa!
Foi assim, que aprendi a importância da Quaresma.

E o tempo passou levando com ele a magia das “coisas de família!

******

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

VIOLÊNCIA! MANCHA O CARNAVAL DO RIO DE JANEIRO!

(por) Edison Borba
Infelizmente, apesar de toda a beleza das Escolas de Samba e da alegria e irreverência dos blocos carnavalescos, a violência foi uma constante neste carnaval de 2018. Não podemos fechar os olhos e fingir que nada aconteceu. Assaltos, furtos, brigas, troca de tiros, feridos e até mortes aconteceram nestes dias de folia. Amigos meus, fizeram parte desta triste estatística, o que me atingiu diretamente.
 
As autoridades governantes da cidade e do estado, ambos, buscaram abrigo em outras paragens. Se refugiaram em seus abrigos, distantes da população e bem resguardados até do som dos tambores e tamborins.
Lamento pela minha cidade e meu povo que continuarão num barco à deriva num mar de violência!
******

MEU AMOR? É O CELULAR!

(por) Edison Borba
Pesquisas recentes apontam que o celular tem ocupado o coração das pessoas, substituindo os amantes, namorados e companheiros. Esta notícia, apresentada por um telejornal não me causou espanto. É muito comum vermos em bares, restaurantes, parques, jardins e outros locais onde nos acostumamos a ver casais apaixonados, possivelmente trocando juras de amor, mas o que observamos: os dois ou então um deles usando o celular. Muitos casais costumam levar os seus celulares para a cama e usam seus aparelhos apaixonadamente.
Novos tempos? Novos rumos para o amor? Será mais fácil manter um relacionamento com um aparelhinho que não discorda das opiniões? Será mais simples estar agarrado com “algo” que se me aborrecer eu posso deletar?
Quem viver verá!
******

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Emilinha Borba - A ETERNA RAINHA!



(por) Edison Borba

Sem dúvida nenhuma, Emilinha Borba, foi a grande rainha das marchinhas de carnaval. Até hoje suas alegres músicas animam os salões. Alguns de seus sucessos como CHIQUITA BANCANA, continuam vivos na memória afetiva do povo brasileiro. Vamos lembrar de mais uma de suas alegres marchinhas, cantando “tomara que chova, três dias sem parar” ...
******

SE É MINHA OBRIGAÇÃO, EU TENHO QUE FAZER!

(por) Edison Borba

Fato: é comum vermos jornalistas, questionarem a relação trabalho  e festividades, perguntando a diferentes profissionais, como eles se sentem por estarem trabalhando nos dias festivos. Questionamentos, que levam o trabalhador, a não ter  orgulho de produzir, mas a mágoa de estar atuando enquanto outros se divertem.

Essas entrevistas são perigosas e de forma indireta provocam rancor no profissional.

Fato: alguém tem que fazer a vida continuar durante os dias de carnaval.

Os meios de transporte, os policiais, os hospitais, as delegacias, os serviços de manutenção além de outras atividades essenciais para o funcionamento da cidade, não podem deixar de ser executadas.

Fato: todo cidadão ético deve saber quais as regras que norteiam sua profissão.


Alguém tem que fazer!

Impossível imaginarmos que a população fique sem atendimentos essenciais apenas porque é carnaval. Não faz sentido, usar as festividades como álibi para o não cumprimento com o dever.

Ser responsável pelo cumprimento de obrigações, se é minha função, eu tenho que fazer!

Não podemos imaginar uma festa carnavalesca, tendo como participantes, profissionais que deixaram suas tarefas a descoberto.

******

DEIXA PRA LÁ, VOVÓ! É CARNAVAL!

(por) Edison Borba
 Todos os anos eu e minha avozinha nos preparamos para a jornada carnavalesca, diante da nossa televisão de plasma, cinquenta polegadas, comprada em dez prestações nas Casas Bahia. Porém, os jornalistas das emissoras que transmitem os diversos carnavais do Brasil, teimam em se repetir. Ou o carnaval não muda ou os jornalistas não conseguem encontrar novos entrevistados e novas imagens.
 
Infelizmente, no desfile das Escolas de Samba, minha avozinha fica desolada com a grande quantidade de bundas que assolam a tela do nosso televisor. São bundas e bundas, numa incrível abundância. Raramente conseguimos ver a apresentação das Comissões de Frente, a evolução do Mestre – Sala e da porta Bandeira. Quando estamos nos deleitando com as apresentações, cortam a imagem e aparecem as bundas depois as coxas e terminam nos sapatos e voltam fazendo o caminho inverso. Nos camarotes, as entrevistas são de arrepiar. Mas, o que fazer? É este o carnaval que nos mostram pela televisão.
Em Salvador, os trios se repetem da mesma forma que a euforia dos jornalistas e das celebridades. As entrevistas também são dignas de figurarem num arquivo morto. As perguntas e as respostas são as mesmas do tempo que a televisão era em preto e branco, quando uma frase dominava os jornalistas: “se a televisão fosse a cores!!!”
Mas, é carnaval, eu e minha avozinha vamos acampar na sala diante do televisor a só sairemos na quarta – feira de cinzas, até lá ouviremos uma tonelada de bobagens, veremos pernas, coxas, pés e bundas. Ouviremos entrevistas inúteis e comentaristas que nada sabem, sobre o carnaval, e ficam dando “pitacos” que nos divertem bastante.
Vamos ficar sabendo de fofocas, quem beijou quem, em quantas Escolas de Samba aquele ator de segunda classe desfilou, para ser fotografado, quem colocou silicone e onde o mesmo foi colocado. Mas é carnaval ...
Também vamos admirar o trabalho dos artesãos que ficaram dias e dias montando carros alegóricos, belas alegorias, arte de duração efêmera. Os sambas de enredo, cujas letras são capazes de nos revelar fatos históricos jamais estudados nos bancos escolares. A estes profissionais, damos parabéns!
É carnaval, eu e minha vovó, vamos cair na folia na sala da nossa casa. Vamos aproveitar estes dias, para esquecer um pouco as agruras da vida e mergulhar na alegria!
******

domingo, 11 de fevereiro de 2018

EU SOU EU, NO CARNAVAL!

(por) Edison Borba
Ando por ai o ano todo, vestindo fantasias pra sobreviver
Sou arlequim apaixonado, sou palhaço e faço rir
Acrobata e malabarista, me equilibro na vida
Sou mágico: invento histórias
Sou artista: represento a cada dia um papel
Danço na corda bamba, cuidando pra não cair
No carnaval, eu SOU eu!
Cara lavada e corpo levado pelo batuque
No balanço dos blocos, ninguém me perturba
Sou apenas mais um a dançar na avenida
Vou na roda do samba dolente
Não sou de ninguém, sou apenas gente
Minha cara não pintei, mas “pintei” pelas ruas
Minha roupa não troquei, mas ela já é fantasia
Foi o que sempre desejei, ser apenas um rosto
Sem ninguém perguntar. Sem ninguém estranhar
E quando um amigo me encontrar, exibindo a cara limpa
Deslavada e sem pintura, sendo apenas uma criatura
Um cidadão bem comum
No carnaval eu sou rei, sou capitão, sou artista
O mundo é meu ...
No carnaval, finalmente: EU sou EU!

CARNAVAL! NEM TUDO É ALEGRIA!

(por) Edison Borba

Já podemos ouvir o rufar dos tambores e dos tamborins. As fantasias já estão prontas e os sambas são cantados pelos foliões. Muitos blocos já estão desfilando e as avenidas enfeitadas esperam pela alegria do povo e dos turistas. Afinal, o Rio de Janeiro é a TERRA da felicidade. Aqui nesta região de belas praias tudo é alegria!!!

Porém, infelizmente, existem grupos que teimam em estragar a alegria e impedir que a felicidade seja uma constante na festa. Gente que teima em vandalizar a cidade, ladrões, brigões e até os mijões. Pessoas que não sabem o que é divertimento, desconhecem a alegria de poder cantar e dançar para comemorar a vida.
Carnaval pode ser aproveitado sem que haja quebras de regras morais, éticas e até religiosas.

Que pena que ainda não conseguimos ter um carnaval civilizado!
******

sábado, 10 de fevereiro de 2018

GILBERTO GIL - GRÃO


GRÃO - poema musical - GILBERTO GIL


MIL TONS DO CARNAVAL

(por) Edison Borba
 
 
Verde e  rosa – Vermelho e branco
Branco e verde – Branco e azul
A bola é preta e a banda é de Ipanema
A Leila era Diniz, mulher de muitas cores
Joãozinho era trinta tons verde, amarelo
Azul e branco – um artista brasileiro
As cores da Tijuca, misturadas com Caxias
O céu de Nilópolis, com as flores da Mangueira
É tudo cor, é tudo brilho em Padre Miguel
É Rocinha, é a turma de Pilares
São acadêmicos, são doutores
Gente que enche de cores o carnaval carioca
São mulatas e passistas e as baianas rodando
Girando por toda a pista na comunidade do asfalto
É povo “arquibancando” colorindo e cantando
É minha escola querida, é meu coração disparando
Nada de cinza ou cinzento, de tristeza ou lamento
É só alegria e cor
É carnaval alegria e também ...
MUITO AMOR!
******

CLARA NUNES - Manhã de carnaval




CLAREANDO A MANHÃ DE CARNAVAL – CLARA NUNES!
(por) EDISON BORBA

A guerreira Clara Nunes, nos enternece ao interpretar esta belíssima MANHÃ DE CARNAVAL, composição de Luiz Bonfá e Antônio Maria. Mesmo estando no período “Momesmo” não há que se perder a ternura, e lembrar este momento faz bem à nossa alma.

******

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

CONGRESSO INTERNACIONAL DO MEDO - poema de Carlos Drumond de Andrade


RELIGIOSIDADE E CARNAVAL

 (por) Edison Borba

Faz anos que carnavalescos entrem em conflito com as religiões. Lembro, quando Joãosinho Trinta desfilou com o Cristo coberto por um plástico, em protesto pela proibição da exibição da imagem durante o desfile. Mesmo com as divergências, os artistas do carnaval sempre conseguem uma forma de driblar convenções e mostram o religioso junto com o profano.

Dizem que, se não podemos vencer o inimigo, a melhor maneira de “se aliar a ele”. Este ano, 2018, grupos de religiosos, formaram blocos carnavalescos, nos quais acontece a diversão de maneira saudável e respeitosa. O que importa é a alegria e a diversão sem desrespeito e uma diferente forma de louvar e cantar as maravilhas de Jesus.

Parabéns pela iniciativa! Como seria bom se carnaval fosse apenas de alegria e diversão sem desrespeito aos princípios éticos e morais.

******